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Universidade Federal de Goiás

Tecnologia a serviço da educação

Em 07/11/13 10:19. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 63 – OUTUBRO – 2013

Tecnologia a serviço da educação

O ensino intermediado pelo uso de equipamentos multimídia é a marca de uma geração habituada às novas tecnologias e à internet

Texto: Luiza Mylena | Foto: Carlos Siqueira e Matheus Geovane

Tecnologia qudro luz

Apesar de novos recursos tecnológicos estarem mais acessíveis à educação, é preciso que os educadores estejam preparados para melhor utilizá-los

 

Engana-se quem pensa que a tecnologia na sala de aula está ligada apenas aos projetores popularizados após o ano 2000.

Nas salas de aula, alunos e professores portam aparelhos modernos como smartphones e tablets ,e qualquer dúvida está a um toque de distância de ser sanada. Com o mundo em rede, haveria opção melhor para aprimorar a educação? Como a tecnologia poderia ser utilizada por professores e alunos de maneira mais produtiva?

Quem nunca assistiu à uma aula com retroprojetores que, em vez de slides e programas de apresentação, as transparências eram projetadas em um esquema de espelhos? Além dos modelos de projeção, que alcançou seu ápice na lousa digital, a tecnologia está presente e as redes, que possibilitam webconferências e a interação entre pessoas, estão em diferentes espaços.

Para Kellen Cristina, coordenadora pedagógica do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (Ciar), as tecnologias de informação e comunicação são fundamentais para a qualidade no ensino a distância. Nas aulas não presenciais, a coordenadora conta que são usados diferentes recursos como webconferências, ambientes virtuais de aprendizagem e atividades multimídia. “Todo esse material digital completa os encontros presenciais das turmas e o material impresso produzido para os alunos”, explica.

EaD

Na UFG, o Ciar é o órgão responsável pela implementação das atividades acadêmicas integradas às tecnologias da informação dentro da universidade. O diretor do Ciar, Leonardo Barra ,explica que o departamento trabalha junto às unidades acadêmicas da universidade para desenvolver cursos EaD e também oferecer cursos de formação e aperfeiçoamento para interessados na educação a distância.

A modalidade de ensino a distância (EaD) na UFG ainda é recente, foi implementada plenamente em 2010, mas já formou 4.837 alunos, oriundos de Goiás, São Paulo e até Moçambique, na África.

“Essa modalidade de ensino veio para ficar, não há volta, e brevemente não haverá distinção entre as modalidades de ensino presencial e a distância, que já estão se misturando”, explica Leonardo Barra.

Para o diretor do Ciar, um dos desafios que a modalidade ainda tem que enfrentar é a sua institucionalização, “isto é, na instalação definitiva dessa modalidade de ensino em toda a estrutura administrativa da universidade, como vestibular ofertado regularmente, programas estudantis, iniciação científica e outras ações que são difíceis de serem implantadas devidos aos próprios desafios que essa modalidade de ensino oferece”. Mas Leonardo Barra é otimista, para ele, a EaD está no caminho certo e a cada ano vem vencendo os desafios próprios da modalidade.

Convencional e virtual

A troca de informações entre alunos por e-mail e redes sociais já era comum, mas atualmente é quase obrigatória a comunicação entre alunos e professores por um meio que ultrapassa os limites da sala de aula. Além dos e-mails, os professores podem utilizar os recursos que até então eram usados somente em cursos EaD. “Hoje, a legislação nos permite usar 20% da carga horária dos cursos presenciais para ser ministrada a distância. As ferramentas e tecnologias de informação e comunicação, desenvolvidas em trabalho conjunto das unidades acadêmicas com o Ciar, têm sido aprimoradas e usadas também nos cursos presenciais”, conta Leonardo Barra, diretor do Ciar. O Moodle é uma das ferramentas utilizadas por diversas universidades no Brasil para facilitar a educação por meio de recursos como forúns, chats e jogos.

Margareth Lobato, professora da Faculdade de Letras, dedica-se ao estudo de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), utilizados em cursos de Educação a Distância (EaD), que cada vez mais têm ganhado espaço em aulas presenciais, aprimorando as atividades entre os alunos. A professora explica que para além dos aparatos tecnológicos é necessário que o educador saiba utilizar os recursos oferecidos pelos AVA. “Temos que ter em mente que as ferramentas por si só podem não fazer a diferença. Para um educador que tem uma postura mediadora, as ferramentas digitais permitem potencializar a aprendizagem dos alunos, por viabilizarem a colaboração”, explica.

Formação

É preciso investir também na formação das pessoas que vão utilizar novos equipamentos. Quando se fala em tecnologia, há a certeza que tudo se torna obsoleto com rapidez, novos aparelhos surgem a cada ano, programas sempre estão sendo atualizados e isto significa que é necessário estar em processo de reciclagem frequente.

Na UFG, os cursos de aperfeiçoamento são oferecidos pelo Ciar e são abertos às comunidades interna e externa da universidade. Segundo Leonardo Barra, a procura é maior entre professores e tutores da universidade e também por professores do ensino básico.

Além da formação dos profissionais, é necessário que não haja o deslumbramento com a rapidez oferecida pela tecnologia. Margareth Lobato explica que existe a diferença entre informação e conhecimento. Para a professora, “as informações são factuais, rasas, esparsas, descontextualizadas e desconexas. O conhecimento é contextualizado, significativo, organizado e categorizado.”

Tecnologia educação

Salas de aula equipadas com recursos multimídia são cada vez mais comuns na universidade

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