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Universidade Federal de Goiás

Estratégia para a mobilidade urbana

Em 26/04/16 16:45. Atualizada em 06/05/16 16:14.

 

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Estratégia para a mobilidade urbana

Iniciativa pretende auxiliar gestores no planejamento e nas intervenções na malha viária

Texto: Wanessa Olímpio | Fotos: Carlos Siqueira e Adriana Cristina

 mobilidade urbana

A vantagem do programa é poder avaliar o efeito das intervenções de trânsito antes de implementá-las

 

O número de carros nas grandes cidades só vem aumentando, no entanto, a maioria das ruas e avenidas não foram projetadas para comportar grande fluxo de veículos, criando, dessa forma, a necessidade de que o poder público faça intervenções em algumas áreas. Para facilitar esses projetos de modificação no trânsito, pesquisas desenvolvidas na UFG, por meio de uma parceria entre pesquisadores dos Institutos de Informática (INF) e de Matemática e Estatística (IME) resultaram em um software para planejamento do tráfego urbano. O sistema poderá ser utilizado por gestores públicos e engenheiros de trânsito para melhor reestruturar e planejar as vias.

O projeto iniciou-se em 2007 e resultou no programa PetGyn, cujo nome faz referência ao Problema de Equilíbrio de Tráfego em Goiânia. O lançamento do projeto foi marcado para maio. O software baseia-se em dados do fluxo de veículos, que são coletados pelas próprias agências de trânsito das cidades, a fim de avaliar o impacto de intervenções nas vias e, assim, identificar projetos que aumentem a fluidez do trânsito. “Uma possibilidade é utilizar o software para investigar o que aconteceria, por exemplo, se aumentássemos a velocidade máxima de uma rua de 60 para 80 km/h, ou se fechássemos uma avenida”, explica o professor do INF, Hugo do Nascimento. Uma das vantagens do programa é exatamente a possibilidade de avaliar as intervenções antes de implementá-las. Com o PetGyn é possível gerar uma versão da malha viária com a intervenção desejada e simular o que vai acontecer com o tráfego, tornando mais fácil tomar uma decisão de acordo com o resultado obtido, afirma o pesquisador.

 

Com base de dados do fluxo de veículos o software gera uma versão da malha viária e simula o tráfego daquele local

Com base de dados do fluxo de veículos o software gera uma versão da malha viária e simula o tráfego daquele local

 

 

O acesso ao PetGyn é via internet e de forma colaborativa.“Gestores e engenheiros de tráfego podem entrar na sua localidade e trabalhar no projeto de uma malha viária, mesmo remotamente localizados. Esse é outro diferencial dessa ferramenta”, ressalta Hugo Nascimento. O professor Bryon Hall do IME também enfatiza essa versatilidade: “Não há uma limitação geográfica e, com os dados definidos, fazemos a simulação do transporte urbano de uma determinada região, seja em Goiânia, na Sibéria ou onde for”.


Particularidades brasileiras

Os programas de computador para planejamento de tráfego existentes no mercado são produzidos por países norte-americanos ou europeus e foram projetados para lidar com um sistema de trânsito mais organizado que o nosso, onde o fluxo pesado de carros, por exemplo, está apenas em ruas preferenciais, o que não ocorre no Brasil. “O nosso software permite uma modelagem de cenários que são incomuns para os chamados países desenvolvidos, mas bastante comuns em países como o Brasil e a América Latina. Sentimos que nossa modelagem seria útil para as cidades brasileiras e para outras cidades do mundo, com características similares às nossas. Em princípio, ele poderia ser aproveitado para uma visão mais realista, que leve em consideração aspectos normalmente excluídos pelos softwares comerciais”, explica o professor do IME, Bryon Hall.

 

Pesquisadores do INF e do IME trabalharam juntos no desenvolvimento do software

Pesquisadores do INF e do IME trabalharam juntos no desenvolvimento do software

 

O doutorando em Ciências da Computação e professor do INF, Wanderley de Souza Alencar, entrou no projeto em 2011. Ele explica que a sua tese será concluída neste primeiro semestre letivo de 2016, gerando, consequentemente, uma nova funcionalidade a ser inserida no PetGyn. O tema da tese é um problema conhecido por Alocação de Tráfego. Wanderley de Souza esclarece que a alocação de tráfego se baseia na coleta de informações sobre o tráfego de uma região específica, como as demandas de deslocamento e as características das vias. “Assim, pretende-se determinar uma ‘distribuição ótima’ de veículos nas vias, fazendo com que todos os usuários realizem caminhos mais curtos ou mais rápidos para cumprir seus trajetos entre dois pontos desta rede viária, por exemplo: entre sua casa e seu trabalho, ou do seu trabalho para a escola de seu filho. No entanto, é preciso identificar os problemas para melhorar as viagens que os usuários fazem diariamente”, enfatiza Wanderley. 

 

Para ler o arquivo completo em PDF clique aqui

 

 

Categorias: PetGyn controle de tráfego Mobilidade pesquisa Edição 78