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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Educação Física forma primeira turma de bacharelado

Em 17/04/13 16:05. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 57 – ABRIL – 2013

Faculdade de Educação Física forma primeira turma de bacharelado

Ao concluírem o curso, os novos bacharéis estarão prontos para atuar na área da saúde

Texto: Ana Flávia Marinho | Fotos: Carlos Siqueira


A Faculdade de Educação Física (FE) da UFG está em festa: neste ano serão graduados os estudantes da primeira turma de Educação Física com habilitação em bacharelado. Diferentemente do curso de licenciatura, que forma profissionais para atuar  como professores, o bacharelado desenvolve atividades voltadas à área de saúde.


Enquadrado no campo das Ciências Humanas, o curso é presencial e possui prédio próprio no Câmpus Samambaia. A cada ano são oferecidas 40 vagas para o bacharelado cuja duração é de quatro anos. O professor Eduardo Henrique Rosa Santos, coordenador do curso, explica que um bacharel em Educação Física não atua em escolas. Os campos de atuação estão voltados para a área de saúde pública, nas unidades do SUS, do Centro Integrado de Assistência Médica Sanitária (Ciams), hospitais, bem como em instituições de iniciativa privada, como academias, clubes, condomínios, além do personal trainner.


Os bacharéis desenvolvem programas de atividades físicas específicas para determinadas enfermidades ou situações, o que, aliado a outros tratamentos, traz mais resultados positivos aos usuários.


comunidade prática corporal e promoção da saúde

Comunidade: participantes dos programas aceitam desafios variados


Diferencial - Estudantes das duas habilitações em Educação Física desenvolvem projetos de extensão em conjunto – natação, lutas, treinamento resistido, ginástica – entretanto, no campo profissional os cursos seguem caminhos diferentes. Ainda durante o curso, os estudantes seguem por áreas distintas. Os estudantes do bacharelado cursam disciplinas específicas da área da saúde, como “Práticas corporais e promoção da saúde” e “Gestão e políticas de educação física, esporte e lazer”.


Rozany Cristina de Souza Melo, que irá se formar nessa primeira turma de Educação Física bacharelado, fala das dificuldades e desafios que viveu ao longo do curso. Segundo ela, é difícil encontrar materiais de pesquisa sobre o bacharelado em Educação Física. “No começo, havia muita discussão sobre onde iriamos atuar, o curso ainda é muito novo”, relembra. “O estágio foi um momento de descobertas”.


Estágio - Entre os locais que recebem estudantes para estágio, estão o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o Distrito Sanitário, o Hospital das Clínicas, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e as Unidades de Atenção Básica à Saúde da Família Leste Universitário e da Vila Pedroso. Os estudantes vivenciam experiências de estágio durane dois anos, podendo atuar nessa condição em locais diferentes.


Durante o primeiro ano de estágio, Rozany Cristina conta que atuou na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Ela explica que o primeiro contato para conhecer as atividades e as necessidades do local foi feito com os profissionais e os usuários da maternidade. “Tudo era novo, não sabíamos onde, de fato, iriamos atuar”, relembra. A partir do conhecimento das necessidades foi possível estabelecer as áreas em que os estagiários poderiam exercer seu trabalho.


As atividades na maternidade eram desenvolvidas durante o pré-parto e o pós-parto. Os estudantes auxiliavam as gestantes durante a preparação para o parto normal, com exercícios que movimentavam as futuras mães. Era preciso conversar, buscando acalmá-las, incentivar o relaxamento da musculatura, promover exercícios de respiração e caminhadas. Os resultados alcançados eram tanto psicológicos quando físicos. Os programas a serem seguidos eram desenvolvidos de forma individual, visando atender às necessidades específicas de cada mulher.


Durante o pós-parto, os estagiários pensavam em atividades com os bebês. Uma das atividades realizadas foi a shantalla, que é uma técnica de massagem em bebês. Além disso, as mães eram incentivadas a caminhar após o parto, atividade antes incentivada pelos médicos.


A princípio, as usuárias tinham receio das atividades propostas, por falta de conhecimento sobre o que era proposto. Mesmo assim, Rosany considera que as intervenções foram positivas. “Verificamos resultados na dilatação, por exemplo, que em geral apresentavam-se mais positivos quando realizávamos os exercícios”, afirmou.

Eduardo Santos prática corporal e promoção da saúde

Professor Tadeu João Ribeiro Baptista (centro) e o grupo de alunos em atividade prática corporal e de promoção da saúde


No segundo ano de estágio, Rozany atuou no Distrito Sanitário Leste. Foi lá também que sua colega Jackeline Dias Sintra pôde iniciar a prática profissional. Elas fizeram parte da primeira turma de estagiários da área no Distrito Sanitário. Diferentemente dos demais locais de estágios, esse é mais voltado à gestão e políticas públicas.


O Distrito Sanitário fica responsável por enviar materiais às Unidades de Saúde. Assim, os estagiários não tinham contato direto com o público. Era preciso acompanhar algumas atividades de Educação Física realizadas pela prefeitura, fornecer materiais específicos e, em certos casos, auxiliar os usuários em programas de atividades físicas, como caminhadas.


No segundo ano de estágio, a estudante Jackeline Sintra também integrou o grupo que desenvolveu atividades na Unidade de Atenção Básica a Saúde da Família do Setor Leste Universitário. Lá, os estudantes tiveram a oportunidade de desenvolver atividades que trouxessem benefícios à saúde dos trabalhadores.


Após análises de necessidades e construção de históricos dos trabalhadores, os estagiários desenvolveram o programa de atividades propostas. Entre elas, estavam alongamento, capacidade aeróbica, conscientização corporal, correção postural, exercícios respiratórios, massagem, recreação com brincadeiras e atividades de descontração e relaxamento. Os exercícios eram feitos individualmente, em duplas ou em grupos, levando em conta, também, a integração entre as pessoas. Jackeline explica que foi possível “resignificar a ginástica laboral, que vai além do alongamento”.

Tadeu João Ribeiro Baptista

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