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Universidade Federal de Goiás

Trabalho voluntário promove solidariedade e humanização do atendimento hospitalar

Em 08/10/13 14:52. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 62 – SETEMBRO – 2013

Trabalho voluntário promove solidariedade e humanização do atendimento hospitalar

Em comemoração ao Dia Nacional do Voluntário, o Hospital das Clínicas da UFG (HC) realizou no dia 28 de agosto o 14º Treinamento Solidário, capacitando 34 voluntários

Texto: Júlia Mariano | Foto: Júlia Mariano e Carlos Siqueira

Treinamento Solidário

Voluntários mostram o certificado de participação no último Treinamento Solidário

 

Fundado em 1999, o Programa de Voluntariado foi criado para humanizar o atendimento hospitalar no HC. Registrado como extensão universitária, o projeto recebe pessoas que querem ser solidárias, doando tempo e dedicação aos pacientes. Atualmente, o programa conta com mais de 300 voluntários cadastrados.

Os voluntários, também conhecidos como “Amigos do HC”, podem se envolver em diversas ações. Alguns preferem desempenhar atividades diretamente com os pacientes, como exemplo, oferecer-lhes informações sobre o HC, acompanhá-los em marcações de exames ou contar histórias para as crianças no ambulatório. Outros optam por realizar atividades na administração do voluntariado, organizando campanhas de arrecadação de materiais doados aos pacientes – como brinquedos, enxovais, kits de higiene – e de materiais para uso hospitalar – como toalhas de banho, lençóis, cadeiras de roda.

Antes de começarem suas tarefas, os interessados em desenvolver as atividades voluntárias recebem orientações no Treinamento Solidário sobre as ações que podem ser desenvolvidas, as funções e os deveres do voluntário, estabelecidos pela Lei do Voluntariado (Lei nº 9.608 de fevereiro de 1998), pelo regimento e Manual do Voluntário do HC. A capacitação é realizada anualmente no dia 28 de agosto, Dia Nacional do Voluntário, e a coordenadora do programa, a assistente social Coracilde da Silva Mattos, ressalta a importância do treinamento para preparar os voluntários para seguir as regras do hospital e não comprometer os procedimentos hospitalares.

Perfil – O perfil dos voluntários do HC é bastante variado. Participam do projeto estudantes, trabalhadores e aposentados vinculados ou não à UFG. A dentista e professora aposentada da Faculdade de Odontologia da UFG, Vânia Jardim de Oliveira, é voluntária há um ano e meio. Ela conta que resolveu ser voluntária para preencher uma lacuna que surgiu na sua vida depois da aposentadoria, optando em desenvolver a tarefa na própria UFG, instituição na qual trabalhou durante muitos anos: “Esta tarefa está me preenchendo e estou me sentindo muito feliz com o voluntariado”, garante a professora.

Alty José da Costa tem 75 anos e é voluntário há 30 anos, sendo 15 deles dedicados ao HC. Ele é cabeleireiro e comentou sobre a alegria dos pacientes em encontrá-lo. “É difícil um não aceitar que eu corte seus cabelos, suas unhas ou faça sua barba. Mas tem uns que não aceitam!”. Alty José complementa que é uma honra para ele trabalhar como voluntário, além de ser um “divertimento total”, conta com entusiasmo.

 

Voluntários HC

Campanhas de arrecadação organizadas pelo voluntariado do HC garantem a alegria no Dia das Crianças

 

Motivação – As motivações que levam as pessoas a serem voluntárias são diversas. O administrador de empresas, Adilson Borges, conheceu o trabalho do voluntariado do HC na Feira da Solidariedade desse ano. Ele contou que, por motivo de doença, aposentou-se em 2002, passou por várias cirurgias e, depois de recuperado, deparou-se com a ociosidade. “Por que eu não posso fazer alguma coisa para ajudar os outros?”, questionou-se emocionado. “A ociosidade vem me incomodando muito desde que a minha saúde melhorou, por isso, quero participar do voluntariado!”, anima-se ele com a possibilidade de ocupar seu tempo e ajudar as pessoas que precisam.

A servidora do Departamento Pessoal da UFG, Ana Paula de Oliveira Rodrigues, conta que sentiu a fragilidade de um doente e de sua família quando seu pai ficou hospitalizado. Ela quer ser voluntária, pois acredita que pode fazer alguma coisa para ajudar essas pessoas. Experiência semelhante teve a estudante Jéssica Machado Correia, que ficou sabendo do voluntariado quando sua mãe fez uma cirurgia no HC. Ao acompanhá-la, ela percebeu a importância do trabalho do voluntário ao oferecer ajuda e afeto aos pacientes. “Enquanto estava no HC, recebi um material de divulgação do voluntariado e, na a mesma hora, eu me cadastrei”, justifica. Ronaldo Silva é estudante e já esteve hospitalizado. Segundo ele, o trabalho dos voluntários o ajudou bastante. “Foi importante na minha reabilitação, principalmente na parte psicológica, por isso eu quero reconfortar o coração dos pacientes”, justifica ele.

Já a estudante do curso de Administração da UFG, Thaís Carvalho de Souza, decidiu ser voluntária por ter tempo livre, para ajudar quem precisa e para aprender com essas pessoas. “Nós estamos com saúde, os pacientes do HC não. Eles precisam do nosso apoio e da nossa atenção”, explica a estudante.

A coordenadora do voluntariado do HC, Coracilde Mattos da Silva, comenta que os 15 anos de trabalho na coordenação do Voluntariado não foram fáceis, pois, no início, nem mesmo os funcionários do hospital acreditavam que o programa daria certo. Contudo, ela ressalta que o mérito do sucesso do programa são dos voluntários. “São eles que dão ideias e sugestões de campanhas a serem realizadas, são eles que conquistam novos voluntários e doadores e, assim, transformam nosso trabalho em uma rede solidária”, garante a coordenadora.

Se você quer ser um voluntário amigo do HC, entre em contato com a coordenação do programa: (62) 3209-8366

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