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Universidade Federal de Goiás

Tratamento odontológico diferenciado na UFG

Em 08/10/13 14:52. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 62 – SETEMBRO – 2013

Tratamento odontológico diferenciado na UFG

Programa das Faculdades de Odontologia, de Medicina e do Hospital das Clínicas oferece atendimento especializado às pessoas portadoras de deficiência e/ou necessidades especiais

Texto: Laura Braga | Fotos: Carlos Siqueira

O Programa de atenção humanizada a pessoas com necessidades especiais, PAHPE, é composto por quatro projetos de extensão da Universidade Federal de Goiás, que são realizados há cerca de 15 anos. Os projetos de extensão que integram o programa são o Núcleo de estudos em sedação odontológica (Neso), Grupo de estudos sobre pacientes especiais e tratamento odontológico (Gepeto) e Saúde bucal para o recém-nascido de risco.

Desenvolvido na Faculdade de Odontologia e no Hospital das Clínicas, o programa realiza atendimentos de saúde bucal em pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais, além de assistência psicológica e odontológica multidisciplinar. A coordenadora do programa, professora Luciane Costa, explica que para o PAHPE, “a pessoa com deficiência é aquela que apresenta qualquer limitação física ou mental. Na odontologia, chamamos de paciente com necessidade especial aquele que temporariamente ou permanentemente precisa de uma forma especial de atendimento, como as grávidas, as crianças que apresentam resistência ao dentista, o adulto fóbico ou que tenha uma ansiedade odontológica muito grande, dentre outros. Tentamos ajudar para que o atendimento seja mais confortável”.

Arlete Moura, mãe de Samuel Silva, paciente do PAHPE, diz que chegou ao programa por meio de encaminhamento do Sistema Único de Saúde (SUS), porque o filho se recusava aos tratamentos. “Ele era muito bravo, quando a sedação era pela boca não funcionava, mas agora que é pelo nariz, ele não apresenta tanta resistência. Não tenho nada para reclamar daqui, só agradecer”.

 

Sedação odontológica

Sedação nasal: alternativa às sedações tradicionais

 

Sedação odontológica

O trabalho realizado pelo Núcleo de estudos em sedação odontológica, Neso, coordenado pelo médico pediatra e professor do curso de Medicina, Paulo Sucasas, começou a ser desenvolvido em 1998. Paulo Sucasas afirma: “O Neso é um programa que tem uma assistência muito grande e um ensino muito intenso na graduação, na pós-graduação e na parte de pesquisa também”.

De acordo com dados do próprio professor, são feitos em média seis atendimentos com sedação por semana, já que o projeto é realizado somente às quintas-feiras pela manhã. Para o professor, esse trabalho é inovador e proporciona um ambiente de estudo importante e de grandes descobertas. “Somos pioneiros na utilização do aparelho de atomização de mucosa nasal usado para que o anestésico seja absorvido de forma mais rápida pelo nariz. Desenvolvemos pesquisas com doses baixas de anestésicos inalatórios para sedar crianças, são projetos de vanguarda e arrojados”.

Os tratamentos feitos com anestesia geral, em casos indicados, são realizados no Hospital das Clínicas (HC), por ainda não existir na Faculdade de Odontologia um centro cirúrgico adequado para esses procedimentos. Mas, segundo o professor Paulo Sucasas, isso é uma questão de tempo. Ele acredita que, em aproximadamente dois anos, muitos atendimentos de anestesia geral já estarão sendo feitos na unidade. Os pacientes atendidos pelo projeto Neso são encaminhados pelo SUS. O programa segue um fluxo das redes públicas, obedecendo uma fila de atendimento.

 

Atendimento especial ortodontia

Programa oferece atendimento especial a crianças e adultos com necessidades especiais

 

Necessidades especiais

O Grupo de estudos sobre pacientes especiais e tratamento odontológico, Gepeto, é o mais antigo dos projetos - existe desde meados de 1994. A professora Cerise Campos é a responsável pela coordenação do projeto que trabalha especificamente com pacientes portadores de necessidades especiais. Segundo ela, a população brasileira tem cerca de 15% de pessoas que apresentam deficiência ou alguma necessidade especial. Isso motivou o surgimento do projeto dentro da universidade, com o propósito de prestar serviços à sociedade, àqueles que precisam de atendimentos odontológicos diferenciados e de qualidade.

A equipe multiprofissional é composta por dentistas e musicoterapeutas. Além desse atendimento à comunidade, o projeto Gepeto oferece a capacitação de profissionais da rede pública ou particular que queiram trabalhar com esse público. O grupo elaborou um manual facilitado de atendimento ao paciente com necessidade especial que serve como guia para os interessados no assunto. De acordo com uma campanha do Ministério Público de Goiás, a universidade vem se tornando um centro de referência no estado e, por isso, orienta o público a procurar a UFG. No Gepeto, além dos pacientes encaminhados pelo SUS, existe uma demanda espontânea. Nesse caso, as pessoas podem solicitar atendimento na própria Faculdade de Odontologia. De acordo com a professora Cerise Campos, aproximadamente 100 pessoas permanecem em tratamento durante o ano, por precisarem de procedimentos específicos e não poderem ser reencaminhadas para outros centros de saúde. Ela afirma que o mais importante desse projeto são os vínculos formados com os pacientes, o que facilita o acompanhamento durante esse período. “Têm crianças conosco desde bebês. Criamos um vínculo afetivo muito grande com os pacientes. O que funciona em promoção de saúde é isso, estar com o paciente e com a família dele. Essa relação é de mão dupla”.

 

Saúde bucal de recém nascidos de risco

O projeto, que promove o atendimento de recém-nascidos de risco, é realizado no Hospital das Clínicas e tem por objetivo acompanha os bebês prematuros desde o período de internação até completarem dois anos de idade. A dentista do hospital, Andréa Cortines, que está à frente deste trabalho, diz que o propósito é minimizar os problemas dentários e doenças da boca desses bebês que podem aparecer devido à prematuridade e ao uso de grande quantidade de remédios. A equipe acompanha o desenvolvimento das crianças, orienta na dieta do bebê e ensina as mães como cuidar da higiene bucal de seus filhos. “A nossa intenção é criar bons hábitos nas famílias, para que as mães também usem esse conhecimento com os outros filhos”. De acordo com Andréa Cortines, as crianças que já completaram o acompanhamento tiveram resultados satisfatórios.

 

Atendimentos

Neso – Pessoas de qualquer idade com medo, ansiedade e/ou que apresentam dificuldades no tratamento odontológico, às quintas-feiras, 8h às 12h, coordenação: professores Paulo Sucasas e Luciane Costa.

Gepeto – Pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais, às quartas-feiras, 14h às 18h, coordenação: professora Cerise Campos.

Saúde bucal para bebês prematuros – Funciona às terças-feiras no período vespertino e às sextas-feiras no período matutino, no Hospital das Clínicas.

Telefones para contato: (62) 3209-6068 / 3209-6063

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