Os desafios da Lei das Empresas Juniores
Projetos geram impacto no mercado e também na formação dos estudantes
Larissa Gabriele Silveira
No último dia 06 de abril, a Lei 13.267/16 conhecida como Lei das Empresas Juniores completou três anos. A Lei definiu critérios para a criação e organização de centenas de Empresas Juniores (EJs) que hoje contam com a participação de mais de 22 mil universitários brasileiros. A legislação inédita em todo o mundo foi um passo muito importante da Educação Empreendedora no Ensino Superior e uma conquista de diversas gerações de Empresários Juniores.
A importância de tal marco pode ser vista tanto no impacto gerado para o mercado, mensurado no número de projetos e faturamento das Empresas Juniores, quanto na formação dos universitários preparando e desenvolvendo-os para o mercado de trabalho. Após três anos de tamanha conquista, ainda temos desafios e importantes medidas a serem alcançadas.
Assim como toda legislação, o passo mais importante para que ela seja colocada em prática é um diálogo aberto entre EJs e Instituição de Ensino. Ter uma resolução na Universidade que garanta e dê suporte às Empresas Juniores foi um dos grandes avanços conquistados pela Lei. A UFG conta com uma resolução desde 2009, mas, que está em reajuste para de fato garantir e acordar as responsabilidades, deveres e direitos na relação EJ e Universidade.
As Empresas Juniores possuem total autonomia na gestão, perante a instituição de ensino superior, centro acadêmico e demais entidades acadêmicas, mas nem sempre esta autonomia é aplicada e respeitada no dia a dia das universidades. Muitas empresas juniores enfrentam resistência dentro das faculdades, escolas e institutos para que existam e exerçam suas atividades.
Os Empresários Juniores prestam serviços remunerados para pessoas físicas e jurídicas, relacionados a sua área de graduação e com o auxílio de professores. Não é necessário a autorização do Conselho Profissional Regulamentador para realizar as atividades, mas obrigatoriamente, as Empresas Juniores devem ter um professor orientador. A falta de conhecimento sobre o Movimento Empresa Júnior e a resistência de alguns professores impedem que certas atividades sejam desempenhadas pelas EJs; o relacionamento para que conheçam e entendam a importância e a grandeza do Movimento é um dos maiores desafios enfrentados nos últimos anos, e mostra como a Lei das Empresas Juniores ainda precisa ser mais difundida.
Sem dúvidas, a Lei das Empresas Juniores fomenta o que o MEJ já defende a anos: formar jovens comprometidos e capazes de transformar o Brasil, executando mais e melhores projetos de alto impacto.
No dia 13 de Abril a Escola de Engenharias da UFG recebeu o evento Vamos Federar para as Empresas Juniores Aspirantes
O apoio e incentivo da Universidade fazem parte da superação diária dos desafios que a Lei 13.267/16 ainda enfrenta. Conhecer o MEJ e as Empresas Juniores é o primeiro estágio para que tudo que conquistamos até agora não seja em vão.
Larissa Gabriele Silveira é assessora de comunicação da Federação Goiana de Empresas Juniores e estudante de Engenharia Química da UFG
Fonte: Secom UFG
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